OBJETIVO: Estudar retrospectivamente os resultados de 264 pacientes submetidos à implementação cirúrgica de válvula modelo Omnicarbon entre abril 1985 e maio 1995. MÉTODOS: No momento da cirurgia, a média de idade dos pacientes que receberam essa prótese mecânica era de 57±11 anos. As válvulas modelo Omnicarbon foram colocadas em posição aórtica em 36% dos casos, na posição mitral em 44% dos casos, e nas duas posições em 20% dos casos. O seguimento clínico foi feito cuidadosamente, com a maioria dos pacientes submetidos ao exame físico em nossa clínica. Levando em conta o histórico do caso, os cardiologistas faziam perguntas aos pacientes sobre as complicações relacionadas à válvula. RESULTADOS: O seguimento acumulado dos pacientes foi de 1291 anos, com média de seguimento de 5,4 anos. A sobrevida após 10 anos foi de 79,4±3,9%, incluindo todas as causas de morte e os casos de mortalidade precoce. As complicações relatadas durante os 11 anos de estudo incluem: tromboembolismo (0,1 %), hemorragia (0,4%), endocardite (0,2%), e insuficiência não-estrutural (1,2%). Não foram detectadas anemia hemolítica, trombose valvar, ou insuficiência estrutural durante esse longo período de estudo. A capacidade funcional desses pacientes foi avaliada subjetivamente pelo sistema de classificação da NYHA. Com o tempo de seguimento maior do que 5 anos em média, nossos pacientes que receberam a válvula modelo Omnicarbon se encontram na classe I ou II da NYHA. CONCLUSÃO: As próteses mecânicas modelo Omnicarbon apresentam um bom desempenho clínico por até 10 anos, tanto em posição aórtica quanto mitral. Os resultados indicam uma baixa incidência de tromboembolismo e complicações hemorrágicas.
OBJECTIVE: We retrospectively examined the outcomes of 264 patients who underwent consecutive Omnicarbon valve implantation surgery between April 1985 and May 1995. METHODS: At the time of surgery, patients who received this mechanical prosthesis averaged 57±11 years of age. Omnicarbon valves were placed in the aortic position in 36% of the cases, in the mitral position in 44%, and in both positions in 20%. Follow-up was carefully performed, with most patients undergoing physical examination at our clinic. While taking the case history, cardiac physicians specifically questioned the patient about valve-related complications. RESULTS: Accumulated total patient-years is 1291, with a mean follow-up time of 5.4 years. Survival at 10 years is 79.4±3.9%, including all causes of death and early mortality. Complications recorded during the 11-year study include: thromboembolism (0.1%), hemorrhage (0.4%), endocarditis (0.2%), and nonstructural failure (1.2%). No hemolytic anemia, valve thrombosis, or structural failure was detected during this long-term experience. Functional capability of these patients was subjectively assessed by the NYHA classification system. With follow-up time averaging over 5 years, 97% of our Omnicarbon valve patients are in NYHA I or II. CONCLUSION: The Omnicarbon mechanical prosthesis provides a good clinical performance for up to 10 years in both the aortic and mitral positions. Results indicated a low incidence of thromboembolism and of hemorrhagic complications.